O mundo das viagens corporativas está cada vez mais sob o crivo da perspectiva financeira. Empresas que investem em deslocamentos para reuniões, conferências e eventos de negócios buscam justificar esses gastos com base em resultados tangíveis. Nesse contexto, o ROI – Retorno Sobre Investimento se transforma em uma métrica essencial para avaliar se esses investimentos estão gerando os resultados esperados.
Neste artigo, vamos explicar o que é ROI e como ele se aplica às viagens corporativas, além de mostrar como é feito o cálculo que mede o desempenho de uma jornada de negócios. Também vamos abordar estratégias para maximizar esse retorno, garantindo que os deslocamentos a trabalho não sejam apenas um custo, mas um investimento estratégico. Continue a leitura!
O QUE É ROI – RETORNO SOBRE INVESTIMENTO?
ROI, ou Retorno Sobre Investimento, é uma métrica financeira usada para medir a eficiência de um investimento; ele é calculado como a proporção entre o retorno obtido e o custo total aplicado.
A fórmula básica para o cálculo do ROI é a seguinte:
ROI = (Receita – Custo) / Custo
Quando aplicado a qualquer contexto, o ROI é uma ferramenta poderosa para entender se o valor gerado por uma ação específica justifica o investimento feito. No universo corporativo, o ROI é muito utilizado para avaliar a viabilidade de projetos, campanhas de marketing, desenvolvimento de novos produtos e, claro, viagens de negócios.
O conceito de ROI é fundamental porque permite que as empresas tomem decisões baseadas em dados, garantindo que os recursos sejam aplicados de forma eficiente e que o retorno seja mensurável. Com o avanço da tecnologia e a crescente pressão por cortes de custos, as empresas estão cada vez mais focadas em garantir que cada centavo investido em viagens corporativas traga resultados que impactem diretamente o crescimento do negócio.
COMO O ROI SE APLICA ÀS VIAGENS CORPORATIVAS?
O ROI nas viagens corporativas vai além de apenas calcular o custo do transporte, hospedagem e alimentação. Ele deve considerar os benefícios intangíveis que uma viagem pode gerar, como a criação e o fortalecimento de relacionamentos com clientes, a identificação de novas oportunidades de negócios e a obtenção de insights valiosos em eventos e conferências.
Por exemplo, imagine um executivo que participa de uma conferência internacional. Os custos da viagem incluem passagens aéreas, diárias de hotel, alimentação e transporte local. No entanto, durante a conferência, esse executivo faz contatos com novos fornecedores, assina contratos com parceiros estratégicos e identifica tendências de mercado que vão guiar o planejamento da empresa nos próximos anos. O valor gerado por essas ações vai além do que pode ser medido imediatamente, mas, no longo prazo, pode resultar em lucros significativos.
Empresas que não monitoram adequadamente o ROI de suas viagens corporativas correm o risco de desperdiçar recursos e perder oportunidades de aprimorar suas operações. Por isso, é fundamental aplicar essa métrica de maneira rigorosa, a fim de identificar quais viagens realmente contribuem para o sucesso organizacional e quais podem ser otimizadas.
COMO CALCULAR O ROI DE UMA VIAGEM DE NEGÓCIOS?
Calcular o ROI de uma viagem de negócios pode parecer um desafio, principalmente porque nem sempre os benefícios gerados por uma viagem são imediatos ou diretamente mensuráveis. Contudo, é possível adotar algumas práticas que ajudam a estabelecer uma relação clara entre os custos e os resultados obtidos.
- Identifique os custos totais da viagem
O primeiro passo é levantar todos os custos diretos e indiretos da viagem. Isso inclui despesas com passagens, hospedagem, alimentação, transporte local, seguros e outros gastos relacionados, além do tempo gasto pelo funcionário durante a viagem. O custo das horas de trabalho do colaborador durante o deslocamento também pode ser considerado.
- Determine os resultados gerados
Os resultados de uma viagem de negócios podem variar bastante. Em alguns casos, pode ser o fechamento de um novo contrato; em outros, a assinatura de um acordo de parceria ou o fortalecimento de uma relação comercial. Resultados intangíveis, como a melhoria no relacionamento com clientes ou o aumento da visibilidade da marca em um novo mercado, também devem ser considerados. Embora sejam mais difíceis de quantificar, essas variáveis podem ser essenciais para o crescimento da empresa.
- Atribua valor financeiro aos resultados
Aqui está a parte mais difícil do cálculo do ROI. Para quantificar os resultados de uma viagem, é preciso atribuir um valor monetário a cada um dos benefícios obtidos. Por exemplo, se uma viagem resulta no fechamento de um contrato de R$ 1 milhão, esse valor deve ser contabilizado como retorno. Se a viagem leva à identificação de uma oportunidade de mercado que resulta em um aumento de 10% nas vendas de um produto, esse incremento também pode ser contabilizado como parte do retorno.
- Compare os custos com os retornos:
Finalmente, compare os custos totais da viagem com os benefícios financeiros obtidos. Se o retorno for maior que o investimento, o ROI será positivo, indicando que a viagem foi bem-sucedida do ponto de vista financeiro. Caso contrário, é importante reavaliar se a viagem foi realmente necessária.
ESTRATÉGIAS PARA MAXIMIZAR O ROI EM VIAGENS CORPORATIVAS
Maximizar o ROI de viagens corporativas é fundamental para garantir que as empresas continuem a investir de maneira inteligente em deslocamentos. Algumas estratégias podem ser adotadas para otimizar esses investimentos:
- Planejamento Antecipado
Reservas feitas com antecedência garantem preços mais baixos em passagens aéreas e hotéis. Além disso, um planejamento detalhado permite identificar eventos e reuniões estratégicas que podem gerar maior valor para a empresa.
- Políticas de Viagem Otimizadas
Implementar uma política de viagens corporativas clara e eficiente ajuda a controlar os custos, evitando gastos desnecessários. As políticas devem contemplar diretrizes para escolha de voos, hotéis e transporte local, além de incentivar o uso de tecnologias de gestão de despesas.
- Uso de Ferramentas de Gestão de Viagens
Ferramentas especializadas permitem que as empresas acompanhem todos os aspectos relacionados às viagens corporativas, desde a reserva até o relatório final de despesas; essas soluções ajudam a identificar padrões de gastos e áreas onde é possível economizar.
- Avaliação Pós-Viagem
Realizar uma análise detalhada após cada viagem ajuda a identificar o que funcionou e o que pode ser melhorado. A avaliação deve incluir tanto o controle de despesas quanto o acompanhamento dos resultados gerados, como novos negócios, parcerias e insights estratégicos.
CONCLUSÃO
As viagens corporativas, quando bem planejadas e geridas, representam uma poderosa ferramenta de crescimento para as empresas. No entanto, para garantir que esses deslocamentos tragam resultados positivos, é essencial adotar uma abordagem baseada no ROI. Calcular o retorno sobre o investimento de cada viagem permite que as empresas tomem decisões mais assertivas, reduzindo desperdícios e maximizando benefícios.
Ao aplicar as estratégias mencionadas acima e focar na mensuração dos resultados, as empresas podem transformar suas viagens corporativas de um simples custo em um investimento estratégico, alinhado aos seus objetivos de longo prazo. Assim, cada viagem passa a ser não apenas uma oportunidade de negócio, mas um passo concreto na direção do sucesso corporativo.